terça-feira, 15 de junho de 2010

O futebol e suas emoções



A escola Mauro Braga, no bairro Santa Teresa, em Vitória era humilde, mas bem acolhedora. Com o passar dos minutos, uma gritaria surgia no fundo. Vozes de crianças já anunciavam como seria a manhã. Elas aguardavam a chegada do zagueiro vascaíno Thiago Martinelli. Capixaba, nascido e criado em jardim da Penha, ele estava de folga na sua terra natal, já que o Brasileirão está em recesso em função da Copa do Mundo. O motivo da visita era um bate-papo com cerca de 100 alunos sobre sua história de vida. Assim que Thiago entrou na quadra, a gritaria que estava só ao fundo tomou conta de todo ambiente. Tímido, ele conseguiu contar para as crianças a importância do futebol na sua vida. Elas ficaram quietas, impressionadas com pequena palestra, mas foi só acabar o bate-papo, que a emoção tomou conta delas. Thiago virou alvo. Foram abraços, fotos, autógrafos, até que ele sentou em uma cadeira e uma fila foi formada. A ideia era dar um autografo por vez. Deu certo. Mas na hora de ir embora o zagueiro vascaíno encontrou uma marcação dura. O assédio dos alunos foi tão grande que ele não conseguiu sair, nem com a ajuda dos seguranças do colégio. Para despitar, ele ficou dentro da escola, enquanto as crianças o aguardavam eufóricas do lado de fora. A hora passava e nada delas desistirem. A vontade era de ficar mais perto do jogador. Por fim, ele teve que driblar mais uma vez a marcação e seguir em frente, brincalhão Thiago falou: “Pegaram até na minha bunda”. Parecia que a passagem daquele jogador era o dia mais importante dos alunos da escola Mauro Braga. O futebol mexe com a vida das pessoas, crianças ou adultos. E hoje, com a estreia do Brasil, contra a Coreia do Norte, na Copa do Mundo, mais uma série de emoções vai começar. Que venha o hexa, e que a alegria do futebol continue na minha vida

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