domingo, 31 de janeiro de 2010

Chocolate para uma jornalista/torcedora


Era sexta-feira à noite, qual seria o programa? Barzinho? Boate? Show em Guarapa? Desta vez não. Pra mim foi um jogo de basquete. Não era um simples jogo, mas sim um importante jogo para a imprensa e torcedores capixabas. Cetaf e Londrina, pela penúltima rodada do turno do Novo Basquete Brasil (NBB).

O time de Vila Velha precisava da vitória para se firmar entre os melhores da competição e eu estava lá, como repórter, mas também como torcedora.

Sentei ao lado da assessora do time, Fernanda Neves, e da minha colega de profissão e concorrente, Marcela Reis, repórter de A Gazeta. Bem na frente da quadra. Não consegui me conter. A cada lance positivo para o Cetaf, lá estava eu, com o bloco e a caneta na mão vibrando como uma fã.

Mas, reza a lenda, que jornalista tem de ser imparcial, não pode torcer. E ai o que eu faço? Não consigo. Mas só nesses casos, quando um time ou um atleta capixaba, independente da modalidade, esteja disputando com um adversário de fora.
As pessoas me olhavam e algumas cochichavam. Poxa, não estou fazendo nada de errado, e acredite, eu estava sendo discreta.

Até minha colega de trabalho, a fotógrafa Jussara Martins, que também estava trabalhando, me disse, em um tom de brincadeira, é claro: “você não pode torcer”.

O que eu fiz. Me controlei. Consegui ganhar uns deliciosos chocolates (o Cetaf é patrocinado pela Chocolates Garoto) e vi o time de Vila Velha conquistar a sua sexta vitória no NBB. Venceu por 77 a 68 o time paranaense.

Enquanto isso, o Saldanha da Gama, segundo time capixaba no NBB, perdia para o Joinville, por 82 a 63. A pressão da torcida foi tanta, que o técnico, Aldo Machado, pediu para sair. Em 13 jogos do turno, o Saldanha venceu apenas dois. Quem assumiu o time (interino) foi o diretor de basquete do clube, Alarico Duarte.

Hoje (domingo), os dois times capixabas voltaram à quadra. Os confrontos se inverteram, mas desta vez nem o Cetaf e nem o Saldanha venceram.
O time de Vila Velha foi derrotado pelo Joinville por 81 a 70, e o Saldanha perdeu para o Londrina por 68 a 64.

Semana que vem o returno começa e o bicampeão, o Flamengo, vem ao Estado jogar com nossos representantes.
Boa sorte!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Samba e goleada


O domingo era para ser relativamente tranquilo. Como o final de semana estava sem competições do esporte amador, minha pauta do dia era acompanhar o clássico entre Botafogo e Vasco, pelo Carioca.
Cheguei na redação de A Tribuna por volta das 18 horas. Enquanto assistia ao jogo eu adiantava a minha matéria especial para o próximo domingo.
O primeiro tempo terminou em 3 a 0 para o Vasco, com três gols de Dodô, o artilheiro dos gols bonitos. Ele realmente estava inspirado, e olha que o Botafogo é seu ex-clube. Mas o primeiro tempo foi apenas uma meia humilhação para os botafoguenses, já que no segundo tempo, mais três gols viriam e a humilhação seria completa.
No intervalo do jogo, eu fui procurar por torcedores, dos dois times, em bares próximo da redação. Antes tive que ir ao encontro da fotógrafa Julia Terayama, que acompanhava a repórter de Cidades, Lu Lima, na quadra da escola de samba Jucutuquara. A Julia era responsável pelas fotos dos torcedores.
Não consegui localiza-las pelo rádio e nem pelo celular então tive que entrar na quadra. Muita gente, muito samba, muito suor e muito batuque. Roda daqui, roda dali. Cade a Julia? Não consigo achar. Mais gente, mais samba, mais suor e mais batuque. Quando eu estava desistindo achei a Julia. Ufa, aleluia. Eu já estava quase entrando no samba!
Vamos ao bar. Primeiro tivemos que achar o motorista. Sumiu. Apareceu outro e fomos. No local encontramos muitos vascaínos. O jogo já estava de 4 a 0. Quando estávamos entrevistando o torcedor do Vasco, mais um gol, 5 a 0.
E agora? Falta o botafoguense. Olha daqui, olha dali e nada. Lá no fundo eu vejo um. Chego perto e ele parecia ser torcedor do Vasco já que estava rindo à toa.
Acho que era a cerveja, que estava em cima a mesa. Seu nome: Degnaldo, mais conhecido como Carrerinha. E ele disse: "Hoje o Botafogo não melhora, mas na semana que vem melhora sim".
Esse sim é feliz. O time perde de 6 a 0 e ele ainda acredita em dias melhores. Ele realmente sabe aproveitar a vida. Estressar? Pra que? Não adianta nada mesmo!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fluminense, te vejo em 2011


Comparada as primeiras duas semanas de janeiro a minha atual semana está relativamente tranquila. A paz reinou na última sexta-feira, quando o Fluminense se despediu do Espírito Santo, um dia depois do Vasco ter voltado ao Rio de Janeiro.

Foram 11 dias de tricolor. Cansei, mas no fundo eu gostei. A cobertura do jornal A Tribuna foi ótima. Fizemos boas matérias, demos furos e até causamos transtorno aos colegas de imprensa ao noticiar o que os jogadores do Flu fizeram na folga.
Foi um grande aprendizado para a minha carreira e fiz grandes amizades.

No último dia de treino em terras capixabas, Cuca trabalhou com seus jogadores saídas de contra-ataque, armação de jogadas, lances de linha de fundo e jogadas de bola parada. E, antes de partir, o treinador quis agradecer o carinho que recebeu da torcida capixaba e já avisou que quer voltar.

"Aqui foi muito satisfatório. Quero agradecer a hospitalidade que tivemos em Vitória. O povo é nota 10, acolhedor, simpático, respeitador. Se a gente puder voltar outras vezes aqui vai ser o maior prazer", disse Cuca, que concluiu:
"O clima é maravilhoso. Foram duas semanas de sol intenso, e é importante que isso aconteça também, similar ao Rio, com uma brisa um pouco mais forte. Fopi tudo perfeito. Os jogadores já atingiram alguma coisa na parte física, na parte técnica e tática, e na sequência de jogos isso só tende a melhorar".

A "aventura" da vez ficou por conta do volate Diguinho. Ao lado do lateral Mariano, o jogador foi escolhido para falar na coletiva à imprensa na quinta-feira, dois dias antes do time ir embora. O treino acabou por volta das 18 horas, Mariano falou até às 18h20 e depois disso o momento foi de espera.

Alguns jornalistas cariocas, que estão acostumados a cobrir o Fluminense diariamente, já tinham me alertado que Diguinho sempre demorava para conceder a coletiva. Segundo os companheiros de profissão, antes de falar com a imprensa ele toma banho, se enbeleza, passa seus cremes e arruma o cabelo.

Isso demorou quase uma hora. Diguinho só atendeu a imprensa por volta das 19 horas. Até que valeu a pena. Ele sabe falar bem e apesar da demora rendeu matéria. Foi válido.

O cansaço acumulado da cobertura passou, mas é um trabalho que vale a pena ser feito todo ano. Se depender de Cuca em 2011 tem mais! E se Deus quiser, estarei pronta para realizar novamente a cobertura!

Até a próxima!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Aventura na colina


Uma quarta-feira (13/01) de folga depois de muito trabalho, que beleza. Se não fosse uma promessa feita a uma grande amiga e companheira de redação, a repórter vascaína Sandrine Luchi. Como uma fiel torcedora, ela quis acompanhar um treino do Vasco em terras capixabas. E como uma fiel amiga e repórter de esportes fui acompanhá-la. E apesar de ser o Vasco, eu adorei o dia com ela.

Chegamos ao treino por volta das 9h30. Eu de folga, ela com a manhã livre. O treinamento era no 38º Batalhão da Infantaria do Exército, em Vila Velha. Para entrar era preciso de autorização ou credencial da imprensa. Não estávamos trabalhando, mas estávamos credenciadas.

Passamos pelas portarias. Nos apresentamos e entramos. Papo vai, papo vem. Alguma coisa ta errada. Cadê os craques? Carlos Alberto, Dodô, Fernando Prass? Ixi, o que houve? Só vimos o técnico Vagner Mancini, o preparador de goleiros e ex-jogador Carlos Gernando, e alguns jogadores ainda não muito conhecidos. Descobrimos. Geovani Silva, ex-jogador do Vasco e da Seleção Brasileira, revelou o mistério.

Era dia de amistoso, à noite o Vasco enfrentaria uma seleção capixaba, então os titulares foram poupados. Pouxa Sandrine, que azar?

Ganhamos, cada uma, uma camisa do Geovani comemorativa, ela tirou algumas fotos e pegou alguns autógrafos na camisa do nosso amigo de redação Fernando Mendes. Já passava das 11 horas. Vamos almoçar no shopping? Vamos! No meio do caminho, vamos passar em frente ao hotel? Vamos! E que tal parar e ver se tem algum craque na porta do hotel? Ah, vamos... Duas jornalistas loucas e tietes? Quase isso.

Na porta do hotel o treinador Mancini se aproxima e diz: “Vocês estão esperando alguém? Precisando de alguma coisa?”. Puts, e agora? Que mico. Antes da gente responder, ele continuou? “Estou perguntando, pois vi vocês no treino e agora estão aqui.”.

Ai as jornalistas.amigas.tietes.envergonhadas responderam cheias de explicações tudo o que rolou. Então, ele muito simpático disse.
“Vocês precisam ter outra postura! Não podem ficar tímidas como ficaram no treino. Vou dar um mergulho na praia, mas vocês podem entrar no saguão do hotel, que logo o time vai descer para almoçar.”. Ufaaaaaaaa. Achei que íamos pagar mico e só fomos taxadas de tímidas.

É, mas a timidez de Sandrine logo passou. Entramos no hotel. Almoçamos ao lado dos jogadores, ela tirou foto com seus ídolos, pegou autógrafos para o irmão e ficou muito feliz. E para registrar a nossa manhã recheada de aventura, encerramos com uma foto, nós duas, ao lado do craque Carlos Alberto. Deixo claro que foi a única foto que eu tirei neste dia, afinal sou Flamengo até morrer.

Sandrine seguiu para a redação de A Tribuna e eu para minha casinha onde descansei feliz, por ter ajudado uma amiga a ficar feliz.
Ah, e o jogo entre o Vasco e a seleção capixaba ficou em 1 a 1. Te cuida vasquinho, que o Mengão não vai dar mole não, o Carioca é nosso.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Rio Branco x Fluminense ou Flamengo x Real Madrid?


No último domingo, 10 de janeiro, depois de uma semana de treinos em Vitória o Fluminense deu o ar da graça à sua torcida, ao disputar um amistoso com o capixaba Rio Branco. Cerca de 8 mil pessoas estiveram no Estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica.

A galera tricolor estava lá para ver Fred, Conca, Maicon e cia. E o jogo teve isso e mais um pouco.

No primeiro tempo, Cuca entrou com o time titular, mas o gol não saiu. Na segunda etapa, ele fez muitas mudanças. Tira um daqui, tira outro dali... Nossa, quanto jogador. Fiquei perdida. Mas aos poucos me encontrei novamente.

E o Flu venceu por 2 a 0, mas os gols saíram dos reservas Alan e Maurício. Fred e Conca ficam para o Carioca, rs... O Rio Branco, com a sua estrela Ronicley, deu trabalho e, em uma coletiva de imprensa, foi elogiado pelo técnico Cuca.

Mas além dos gols, dos elogios do treinador tricolor e da torcida, outros fatos me chamaram a atenção.

O placar eletrônico ficou doidão, mostrava 9 a 0 para o Rio Branco. Motoristas paravam seus carros na segunda ponte para acompanhar o jogo. O irmão mais novo de Kieza, Vini, de 6 anos, mostrou talento com a bola nos pés antes do jogo.

Mas o que mais me impressionou foi a quantidade de imprensa no estádio, rádio Tupy, rádio Globo, rádio Manchete, O Globo, Globo.com, Lance, A Tribuna, A Gazeta, TV Vitória, TV Capixaba, TV Tribuna.... Cansei... Rede TV, TV Gazeta, SporTV, rádio Espírito Santo, O Dia, rádio Fluminense... Eram muitos, o que não é comum em um simples Rio Branco x Desportiva.

Me senti no Maraca, cobrindo Flamengo e Real Madrid pela final do Mundial de Clubes. Uhu!
Mas valeu, uma ótima experiência. Afinal tive que escrever duas páginas, incluindo a folga dos jogadores do Flu na Casa Clube ;P
Só fui sair da redação depois da meia noite! Quem sabe a hora-extra não compense! Rs... Acreditou? Eu não!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Fluminense, homicídio e salada. Tudo no mesmo dia!


No dia 6 de janeiro, quarta-feira, o Fluminense fez seu primeiro treino na academia Vitória Sports, na Praia do Canto, em Vitória. Após a rotina de exercícios o novo reforço Julio Cesar deu entrevistas, o lateral Mariano, que se reapresentou naquele dia, também falou à imprensa e por fim o treinador Cuca. Até ai o dia estava normal. Até que a fotógrafa Kadidja Fernandes, que me acompanhava na pauta, recebeu uma ligação da redação dizendo que ela teria que ir para Jardim Carapina, na Serra, fazer a cobertura de um homicídio, entre irmãos. A repórter de polícia, Sabrina Rodrigues, já a aguardava.

Como não tínhamos muito tempo tive que acompanhar a Kadidja e o motorista Adriano até o local. Lógico que, como uma desesperada de plantão que sou, fiquei com medo, apreensiva, afinal de contas a rotina de uma repórter de polícia é totalmente diferente de uma repórter de esportes. E sinceramente não gosto de experiências assim, tristes e trágicas.

Quando chegamos eu não quis descer do carro, muito menos chegar perto do corpo, que estava no quintal da casa da família. Fiquei no carro esperando a hora de ir embora. Minutos depois alguns “meninos” moradores do bairro ficaram olhando para dentro do carro, fazendo caras estranhas e brincadeirinhas. Fiquei apavorada, na verdade, desesperada. Sai do carro correndo e tranquei as portas com a chave lá dentro. Puts, que furo. E ai, o que fazer? Não tinha mais como entrar no carro. Que desesperoooooo.
Tínhamos que voltar para redação. Eu ainda tinha que escrever duas matérias. Liga para redação, passa um rádio para a redação e nada. Tudo a procura de um “salvador” para levar a chave reserva. Enquanto esperávamos pela ajuda que estava a caminho, um morador de Jardim Carapina, em apenas três minutos, resolveu o problema, que eu causei, rs...

Arranjou um plástico no estilo barbante, passou por dentro do carro, deu um nó no pino, apertou forte e puxou pra cima. Pronto, o carro estava aberto. Não precisamos da chave reserva e em menos de 30 minutos já estávamos na redação. Loucura!

No mesmo dia, logo depois do ocorrido em Jardim Carapina, almocei uma salada. Aos poucos ela fez efeito. Fiquei verde e amarela. Passei mal. Toma remédio daqui, toma remédio dali. E nada das dores, no corpo, na cabeça e na garganta passarem. Fiquei mal. Mas sobrevivi, rs... Só não estou pronta para outra, mas sei que as aventuras continuam!

Hoje, sábado, já estou quase 100%. Fui ao médico, continuei com os remédios, com a boa alimentação, com os líquidos e com a cobertura da pré-temporada do Fluminense, em Vitória. Deu até para visitar o treino do Vasco e tirar uma foto com Dodô. É como eu sempre digo, jornalista também é fã!
Até a próxima!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tricolores e vascaínos em terras capixabas


A semana começou agitada. O Fluminense chegou na segunda-feira em Vitória para iniciar a pré-temporada. No nosso pequeno aeroporto, cerca de 300 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, esperavam por Fred, Conca, Maicon e cia.
Foi uma loucura. Sobrou até para um flamenguista, que por ironia do destino veio no mesmo voo que a delegação tricolor. Para sair do saguão de desembarque teve que trocar de camisa.

O torcedor rubro-negro não sofreu tanto quanto o treinador do time das Laranjeiras, o Cuca. O técnico desembarcou em Vitória na terça-feira à noite, na mesma hora que o time do Vasco, que também faz a sua pré-temporada em terras capixabas.
Os torcedores vascaínos também lotaram o aeroporto na esperança de ver de perto Carlos Alberto, Dodô e cia.

Ainda na terça-feira, o Fluminense realizou o seu primeiro treino no campo da Aest, em Manguinhos, na Serra. Debaixo de muito sol, os guerreiros do tricolor suaram muito a camisa em busca da forma física ideal.

Na quarta-feira, o dia foi de malhação na academia. Cuca assumiu o comando, o lateral-direito Mariano se reapresentou e o lateral-esquerdo Julio Cesar, ex-Goiás e eleito o melhor do Brasileirão 2009, se apresentou, esbanjando confiança.

"No Goiás marquei muitos gols, além das assistências. A idéia é realmente repetir o mesmo futebol ofensivo, competitivo, mas com disciplina tática. Esta temporada foi fantástica. A melhor da minha carreira. Quero trabalhar bastante para manter o nível. Agora tendo que dar passes para um atacante como Fred fica até mais fácil" disse Julio Cesar.

Na quinta-feira, o tricolor anunciou a contratação de Mateus Paraná, ex-atacante do São Caetano. Mas o destaque ficou para o meia Willians, ex-Palmeiras, se apresentou oficialmente.
Impressionado com o bom ambiente encontrado, Willians garantiu ter observado de longe a reação do Fluminense no Brasileirão do ano passado e foi só elogios para o novo clube:

“O grupo é muito bom. Já deu para ver isso em um treinamento. Espero dar alegrias para o torcedor. Na reta final do Brasileirão o Fluminense já tinha mostrado que tem uma equipe unida. Para sair daquela situação, só sendo guerreiro. E eu me encaixo nesse perfil. Sou um jogador que se doa ao máximo para a equipe”.

E a pré-temporada continua até o dia 16, quando o tricolor se despede das terras capixabas. Até lá, muita notícia ainda vai rolar!
Acompanhe aqui!